A percepção quanto a fragilidade, importância e necessidade dos recursos naturais/genéticos dos ecossistemas tem feito ressurgir conceitos e técnicas seculares. Há uma tendência de retorno ao que é feito a mão, artesanal, natural, dentro dos conceitos de “Slowfashion”. Nesse contexto as técnicas de tingimento natural, fazendo uso de plantas, líquens, cogumelos e uma gama de recursos extraídos da natureza, tem ganhado espaço entre estilistas e designers, artesãos e pequenos empreendedores.
Nesta página você encontra: história, notícias, marcas, matéria-prima e fornecedores, dicas e muito conteúdo a respeito do grande tema Tingimento Natural.
Imagine poder colorir suas próprias peças com materiais que usualmente seriam descartados? Ou com ingredientes que você colhe na horta, no jardim, no quintal, na mata, desde raízes até as folhas, das flores às cascas, dos líquens aos cogumelos?
Não importa a região do globo, sempre será possível encontrar material tintório nos ecossistemas locais. Eis a grande beleza dessa arte milenar, uma reverência à natureza, uma verdadeira expressão artística, uma gama de cores únicas, pois um tingimento nunca se repete, ou seja, o novo surgirá cada vez que a panela for posta para cozinhar suas peças.
A ideia da Autora Vanessa Tomazeli em manter um Blog tem por finalidade complementar a geração de Conteúdos das redes e do Canal do Youtube Tingimento Natural por Pano da Terra para os amantes de leitura que preferem um artigo à um Vídeo. Os temas giram em torno do Tingimento Natural como ferramenta para colorir produtos de moda e design mais ecológicos, por isso trata de temas mais amplos como sustentabilidade, produção agrícola de fibras, biomas e ecossistemas, espécies nativas, conservação ambiental, agrobiodiversidade e sociobiodiversidade, geração de renda aliada a preservação.
Tingimento Natural é um grande tema que engloba diversas técnicas de tingimento fazendo uso de corantes e pigmentos naturais obtidos de plantas, líquens, cogumelos e até de insetos e moluscos.
Não há como saber nos dias atuais quando as primeiras técnicas de tingimento natural foram pela primeira vez aplicadas, devido a perecibilidade das fibras naturais usadas antes da elaboração dos tecidos sintéticos. Os primeiros registros escritos que fazem menção de tais técnicas datam de 77 – 79 D.C na publicação de “A História Natural” em tradução livre de autoria de “Pliny the Elder” (The Moder Natural Dyer, Kristine Vejar).
O uso de cores nas vestimentas nos séculos e milênios passados teve forte correlação ao status social, simbolizando em muitos casos o poder da realeza ou dos grandes impérios.
Teve também forte correlação com a era das grandes navegações onde o azul índigo obtido da planta Indigofera tinctorea assim como o valoroso vermelho extraído da Caesalpinia sappan, ambas plantas asiáticas, eram levados até a Europa, cuja nobreza tinha verdadeira obsessão pelo vermelho. Da mesma forma uma forte identidade com a própria história do Brasil, pois na época da invasão portuguesa o primeiro produto explorado massivamente foi o Pau-brasil (Caesalpinia echinata hoje atualizada para Paubrasilia echinata), levado praticamente a extinção na natureza devido ao corte para extração do corante vermelho. O nome Brasil foi dado a planta pela cor de brasa da madeira, e posteriormente deu nome a própria nação (Pau-brasil a cor e o som, Ricardo maranhão).
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